segunda-feira, 22 de junho de 2015

Como instituições financeiras têm usado big data para atingir suas metas

Empresas devem abraçar o conceito como um recurso fundamental dentro de suas estratégias para se manterem competitivas.


A maioria das empresas de finanças já se engajou, de alguma forma, em iniciativas de big data. O conceito é uma arma de bancos e seguradoras para aumentar o ritmo de inovação e amplificar seus resultados. O desafio urgente agora é como gera mais valor de maneira contínua e descobrir oportunidades ainda ocultas.

Não importa muito em que pé sua empresa se encontra na adoção de estratégias orientadas a grandes volumes de informações. As abordagens em três fases listadas abaixo podem ajudá-lo a atingir relativo sucesso nessas empreitadas.

Passo um: Os objetivos e resultados de negócio devem direcionar, de maneira constante e transformacional, os projetos de análise de dados. É preciso definir metas junto às áreas de negócio para explorar recursos, ferramentas e abordagens de forma que tragam benefícios mútuos para a organização. 

Ao desenvolver um objetivo comum, as empresas de serviços financeiros conseguem alinhar metas aos resultados de maneira mais tangível e, por exemplo, conquistar taxas interessantes de redução de fraudes e oferecendo serviços mais personalizados para seus correntistas em tempo real.

Uma vez que os objetivos de negócio são determinados e priorizados, a empresa pode decidir qual a melhor tecnologia a ser endereçada a demandas e quais aspectos da infraestrutura necessitam de modernização para entregar inteligência baseada em dados e, assim, alcançar as metas. É importante para as áreas de negócio decidirem como atividades de análise serão rastreadas para ter certeza de que o projeto segue rumo ao sucesso.

Passo dois: Compreender o ambiente e impulsionar a inovação com base na forma como os resultados foram traçados. As empresas devem perseguir oportunidades para acelerar as formas como acessam e entregam informações para encontrar o melhor valor a partir dos dados. Por exemplo, serviços analíticos em ambientes em nuvem podem encurtar ciclos de adoção tecnológica e encurtar ciclos de planejamento.

Estes ambientes não só podem ser usados para descobrir ideias ocultas mais rapidamente, mas também servem para, por exemplo, ajudar a compreender com mais profundamente como a própria tecnologia pode ajudar a otimizar tarefas importantes da operação. Ao levar a cabo esta abordagem, uma organização pode determinar, de forma ágil e inovadora, como seus dados e tecnologias não tradicionais podem se unir para transformar um organismo digital feroz a partir de adequação de abordagem ferramental e/ou processual.

Ao analisar e descobrir insights de novos tipos de dados e fontes, as empresas podem descobrir que têm uma lacuna em sua infraestrutura tecnológica, o que lhes permite gerir os novos dados para atingir objetivos específicos de negócios.

Como solução, as companhias devem tentar construir um ambiente de tecnologia híbrida - isto pode ser criado pela adição de ferramentas emergentes, como Hadoop, para uma infraestrutura já estabelecida. Como resultado, os dados podem ser rapidamente mobilizados e analisados de forma eficaz para perseguir o resultado do negócio.

A exploração de dados não deve ter/ser um fim em si. Simultaneamente, a cultura de dados, é preciso criar e executar uma agenda de mudanças e evoluções das iniciativas, além da busca pelos resultados financeiros, que testem e rodem processos e tecnicas para encontrar padrões que não são claramente evidentes aos seus desempenhos.

Tradicionalmente, companhias que atuam na indústria serviços financeiros só usavam dados transacionais, como registros de pagamentos e de depósitos. Hoje, contudo, já é possível analisar dados transacionais juntamente com os dados de interação, call center e até mesmo oriundos de mídias sociais.

Por exemplo, bancos e seguradoras identificaram comportamentos fraudulentos aplicando algumas dessas técnicas. Uma companhia percebeu que pessoas que inserem informações muito rapidamente nos campos de formulários online indica um comportamento mais propenso à fraude.

Terceiro passo: Mobilizar os dados para perceber o verdadeiro valor escondido neles. As empresas de serviços financeiros devem olhar para esses ativos como se fossem uma cadeia de abastecimento, permitindo que ele flua facilmente através de toda a organização - e, eventualmente, em todo ecossistema de parceiros.

Para construir uma cadeia de fornecimento de dados, devem começar por seguir dois passos importantes: utilizar uma plataforma de serviços de dados que faz com que todos os registros sejam acessíveis para quem e quando forem necessários e integrar fluxos de diversas fontes.

Com as novas fontes externas se tornando disponíveis e passíveis de trazerem novas oportunidades de conhecimento somando-se às novas ferramentas de big data, uma fundação pode ser estabelecida para criar uma relação que permeie diversas organizações e níveis organizacionais, permitindo novos insights para extrair vantagens competitivas.

Através de análise de grandes volumes de dados, bancos e companhias de seguros podem oferecer aos clientes uma experiência mais rica. Para atingir esta meta, as empresas exploraram microssegmentação de dados de clientes obtidos a partir de todos os pontos de contato da transação - móveis, call centers, etc. Esses registros são analisados para que clientes com necessidades semelhantes possam ser apresentados com ofertas relevantes e oportunas sobre seus canais preferenciais.

Outro exemplo: um banco consegue criar uma sobreposição de dados relativos ao sentimento dos clientes em cima de dados obtidos nas centrais de relacionamento e, dessa forma, conseguem compreender se eles estão contentes com os serviços recebidos, cobrando taxas corretas, entre outras possibilidades. Se as percepções descobertas mostram sentimentos negativos, a instituição consegue corrigir erros e melhorar experiências em tempo real.

Big data e analytics podem fornecer conhecimentos necessários para atingir objetivos de negócio atuais, ampliando a fidelidade dos clientes, melhorando as operações de negócio ou descobrindo novas oportunidades que não sabia que existiam. Empresas devem abraçar o conceito como um recurso fundamental de suas estratégias para se manterem competitivas.

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