quarta-feira, 17 de junho de 2015

TI bimodal é uma das tendências para 2015, segundo o Gartner

Formada pela “TI de classe empresarial” e pela “TI oportunista” ela deverá suportar um ambiente de negócios evolutivo, mas também ágil e flexível.


CIOs devem trabalhar com executivos de negócios e com o CFO a fim de garantir que a contribuição crítica de TI seja incorporada desde cedo no planejamento estratégico e nos processos de planejamento de orçamento das corporações, defende o Gartner, que recomenda fortemente a criação de uma área de TI “bimodal”, composta por uma, a “TI de classe empresarial”, responsável por entregar serviços de TI eficientes, com altos níveis de excelência e confiabilidade; a outra, a “TI oportunista”, pronta para aproveitar novas oportunidades, com a criação de novos modelos de negócio. A “TI de classe empresarial” suporta um ambiente de negócios evolutivo, ao passo que a “TI oportunista” suporta um ambiente de negócios ágil e flexível.

"A estrada rumo a um futuro digital requer das empresas ações transformadoras de TI por meio de inovação disruptiva, ao mesmo tempo em que continua a ‘fazer negócios como sempre’ no nível de excelência esperado,” afirma Dreyfuss. “Portanto, TI deve operar em níveis de alto desempenho em dois modos muito diferentes”, afirma Cassio Dreyfuss, vice-presidente de pesquisas do Gartner

O executivo lembra que, no passado, considerações sobre o uso de TI para dar suporte aos negócios vinham muito tempo depois das estratégias e iniciativas estratégicas para o período seguinte terem sido projetadas e sancionadas pela alta gerência. “Com o passar do tempo, a TI deixou de ser uma ferramenta de suporte para ser uma ferramenta de capacitação e criação de negócios. Sob essa perspectiva mais ampla e inclusiva, faz mais sentido falar sobre gastos relativos a TI em toda e qualquer iniciativa de negócio e seu respectivo orçamento. Desta forma, o CIO é desafiado a adotar um perfil mais relevante e se engajar ostensivamente em oportunidades para influenciar as decisões de TI nos orçamentos de negócios da empresa”, completa Dreyfuss.

Todos sabemos que as decisões adequadas sobre o orçamento de TI seguem processos diferentes para cada empresa, dependendo do seu estilo de trabalho, que, por sua vez, depende de variáveis externas, como seu ambiente de negócios, e variáveis internas, como os processos de trabalho e de decisões. Mas, por mais diferentes que as empresas possam ser, o CIO tem contribuições únicas sobre as decisões de TI para empresas de todos os estilos.

Na opinião do Gartner, a área de TI está em uma posição de se envolver de forma ampla e intensa com as decisões de orçamento, oferecendo perspectivas-chave à discussão sobre:

- Arquitetura de informação – Conhecimento da informação que é utilizada na empresa, quem usa qual informação, quando, como e com que objetivo.

- Redes de processos de negócio – Conhecimento dos processos da empresa, de ponta a ponta, suas regras e dinâmicas, quem os executa, quando, como e com qual objetivo.

- Infraestrutura das operações: Domínio de como executar todos os processos e entregar todas as informações, seus ciclos, suas exigências de integração e todas as interfaces com as pessoas.

- Cenário da tecnologia: Perspectiva abrangente e qualificada do cenário da tecnologia e sua evolução, e os recursos, oportunidades, desafios, riscos e os aspectos econômicos das ferramentas de TI.

Outras tendências para 2015
A visão da consultoria é a de que a digitalização das organizações permitirá às empresas adotarem uma postura tecnológica menos amarrada a eficiência operacional de processos internos e mais como uma habilitadora para o desenvolvimento de modelos de negócios, serviços e produtos disruptivos.

Esses negócios, produtos e serviços devem esta alinhados a uma nova realidade que aponta para a fusão entre o mundo real e o virtual, graças ao surgimentos de modernas tecnologias como a Internet das coisas (IoT), que traz a reboque um universo de componentes complementares como máquinas inteligentes, análises pervasivas e impressão 3D.

A lista de conceitos e tecnologias que devem estar no radar dos CIOs em 2015, para que possam desempenhar a função de conselheiros, inclui:

1 - Computação em toda parte – Para a consultoria, o mundo caminha para um acesso total e ubíquo a toda capacidade tecnologia. Telas inteligentes e dispositivos conectados se proliferarão em diversas formas, tamanhos e tipos de interação. 

2 - Internet das coisas – A consultoria manda um recado para os CIOs: experimentem, avaliem e incentivem projetos para desenvolver utilizações de sensores e dispositivos conectados em suas empresas.

3 - Impressão 3D – Ok, não se trata de uma tecnologia nova. Aliás, vamos fazer justiça que o conceito ronda por aí desde 1984. Contudo, agora é que atinge níveis importantes de maturidade. Enquanto o tema ganha atenção no campo de consumo, a verdadeira revolução tende a vir de sua aplicação nas corporações.

4 - Análises avançadas, pervasivas e invisíveis – Toda aplicação é um app de análises nos dias de hoje.

5 - Sistemas contextuais ricos – Conhecer o usuário, sua localização, tudo que ele fez no passado, suas preferências, conexões sociais e outros atributos fornecerão inputs para as aplicações. 

6 - Máquinas inteligentes – A capacidade de executar tarefas com precisão e apreenderem com rotinas dará nova dimensão aos mais diversos equipamentos.

7 - Nuvem e client computing – Esse é tópico central para evolução da nuvem. Isso significa que uma aplicação estará baseada em nuvem e será capaz de se estender a múltiplos clients. 

8 - Aplicações e infraestruturas definidas por software – Tecnologia precisa misturar estruturas de maneira dinâmica, com elementos pré-definidos e bem menos complexidade. 

9 - Web-scale IT – Tópico que se assemelha ao modelo já usado por grandes provedores de soluções em nuvem, incluindo sua cultura abrangente de riscos e alinhamentos de colaboração. 

10 - Segurança – Em particular, a tendência é de mais atenção para aplicações com autoproteção.

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